Mudança estratégica amplia tempo de competição para atletas, prepara e fortalece disputa das federações estaduais em Porto de Galinhas.
O CBSurf Surf de Base 2025 chega à Praia do Borete, em Porto de Galinhas, com uma transformação importante no formato da competição. Inspirado diretamente no modelo do Mundial Júnior da ISA, o evento implementará pela primeira vez o sistema de chave principal e repescagem contínua, proporcionando mais tempo de competição para os atletas e maior igualdade de chances até as fases decisivas.
Outra grande mudança deste ano é que o circuito, antes disputado em três etapas, passa a ser concentrado em uma etapa única, exatamente como acontece no Mundial da ISA.
De acordo com Guga Arruda, diretor técnico da CBSurf, a alteração responde a uma série de demandas dos atletas e das federações. “Com apenas uma etapa no ano, conseguimos minimizar a quantidade de viagens, o que significa menos dias letivos perdidos, menos custos para os atletas e federações, e, ao mesmo tempo, tornamos o evento ainda mais relevante no calendário nacional,” explicou.
A mudança será colocada em prática entre 3 e 11 de maio, na Praia do Borete, em Porto de Galinhas (Ipojuca-PE), onde 248 atletas de 15 federações estaduais disputarão os títulos nacionais nas categorias Sub-12, Sub-14, Sub-16 e Sub-18, masculino e feminino. Realizado pela CBSurf em parceria com a Federação Pernambucana de Surf, o campeonato também premiará, como já tradicionalmente acontece, o estado campeão brasileiro por equipes.
A competição também terá papel estratégico para o futuro do surfe nacional: será a seletiva oficial para a formação da Seleção Brasileira Júnior 2026, que representará o Brasil no ISA World Junior Championship e participará do programa de desenvolvimento da CBSurf.
O evento, que conta com o patrocínio da Prefeitura de Ipojuca e da Secretaria Especial de Esportes de Ipojuca, reforça o compromisso da CBSurf em modernizar suas competições de base, oferecendo estrutura de alto nível e preparando as novas gerações para o cenário internacional.
ENTENDA O NOVO SISTEMA: CHAVE PRINCIPAL E REPESCAGEM INTEGRADAS
A nova dinâmica garante que, após cada fase, os surfistas eliminados na chave principal tenham uma segunda oportunidade de seguir competindo através da chave de repescagem — um sistema que prepara melhor os competidores para a disputa do Mundial.
“A grande inovação é justamente essa: ao contrário dos formatos anteriores, em que o atleta eliminado em uma bateria estava automaticamente fora da competição, agora ele entra na chave da repescagem e pode continuar competindo. Se conseguir se classificar em sua bateria de repescagem, ele segue avançando para rounds seguintes desta chave, que vão sendo alimentados com outros atletas eliminados do evento principal,” explicou Guga Arruda, diretor técnico da CBSurf.
Então, o formato prevê que, a cada rodada do evento principal, os atletas que não se classificarem migrem automaticamente para a chave de repescagem. Ao final, dois surfistas classificados pelo evento principal e dois surfistas classificados pela repescagem se encontram na grande final de cada categoria para decidir o título brasileiro.
Essa dinâmica cria duas trilhas paralelas de competição, elevando o número de baterias surfadas e garantindo que mais atletas tenham oportunidades reais de competir até as fases finais. “Esse novo formato valoriza ainda mais o desempenho dos atletas e garante mais tempo de água para todos, o que é essencial para o desenvolvimento da base,” completou Guga.
DISPUTA ENTRE FEDERAÇÕES ALIMENTA AINDA MAIS A COMPETIÇÃO
Outro destaque do evento é a forte competição entre estados. Assim como nos mundiais da ISA, o campeonato brasileiro de Surf de Base premia não apenas os campeões individuais, mas também o estado campeão geral, baseado no desempenho coletivo das equipes.
A montagem das equipes e a inscrição dos atletas seguem um trabalho colaborativo entre a CBSurf e as federações estaduais. Segundo Alex Willians, tour manager da CBSurf, todo o processo respeita a autonomia das entidades estaduais. “O trabalho é feito junto às federações que montam suas equipes de acordo com o número de vagas disponíveis e seguindo o ranking de 2024. As federações são responsáveis pelas equipes e a CBSurf não tem gerência sobre isso, é uma exclusividade delas,” explicou.
Cada federação definiu seus representantes com base em seus próprios critérios, normalmente priorizando os melhores ranqueados ou através de seletivas estaduais.
Portanto, o circuito conta com dois rankings distintos: o ranking por equipes, que definirá o estado campeão, e o ranking individual, premiando os campeões das categorias.
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MARCA NO CALENDÁRIO
CBSurf Surf de Base 2025
Patrocínio: Prefeitura de Ipojuca e Secretaria Especial de Esportes de Ipojuca
Realização: Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) em parceria com a Federação Pernambucana de Surf (FEPESurf).
Apoio: FuWax, Surfland Brasil, Monster Energy, Sococo Brasil, LikeLike T-Shirts e Pousada Maresia Unique.