Direção de prova antecipou Sub-12 para aproveitar mar mais tranquilo; decisão foi comemorada com atuações de alto nível e clima de diversão nas areias.

O nível técnico dos surfistas do Sub-12, como Matheus Jhones, é surpreendente. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.
O nível técnico dos surfistas do Sub-12, como Matheus Jhones, é surpreendente. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.

O quinto dia do CBSurf Surf de Base 2025, em Porto de Galinhas, foi inteiramente dedicado à novíssima geração do surf nacional. Após a realização da última bateria da repescagem 1 da Sub-16 Masculino, as atenções se voltaram totalmente para a categoria Sub-12. Apesar de um vento maral constante nesta quarta-feira, os pequenos atletas pegaram boas ondas e deram um verdadeiro show na Praia do Borete, misturando talento e leveza em um dia memorável para o evento.

“Foi um dia bem legal”, avaliou Raoni Monteirodiretor de prova. “A maré seca deixou o mar um pouco difícil no começo, e tivemos mais vento maral do que nos dias anteriores. Mas, com a maré enchendo, melhorou bastante. Tivemos ondas de meio metro, com séries chegando a um metro”, completou.

Até tubo a criançada encontrou. Narciso fez esse na bateria que o classificou para a final. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.
Até tubo a criançada encontrou. Narciso fez esse na bateria que o classificou para a final. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.

Ao todo, foram realizadas 35 baterias no dia, proporcionando muitas oportunidades para a criançada surfar. Entre risadas, pranchas pequenas e muita torcida, o surf rolou solto — com performance de gente grande.

A competição é realizada pela Confederação Brasileira de Surf (CBSurf), em parceria com a Federação Pernambucana de Surf (FEPESurf), com patrocínio da Prefeitura de Ipojuca e da Secretaria Especial de Esportes de Ipojuca, com apoio do prefeito Carlos Santana e do secretário Deri Costa.

Confira neste link todos os resultados, fotos, notícias e transmissão na página do evento

Maria Clara Chuquer já mostra muito foco para as baterias. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.
Maria Clara Chuquer já mostra muito foco para as baterias, mas sem perder a alegria da infância. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.

PRIMEIRAS FINALISTAS DEFINIDAS NA SUB-12 FEMININO

A atual campeã brasileira Sub-12, Maria Clara Chuquer (SP), mostrou confiança e domínio desde o início da bateria. Com uma nota 5 logo na primeira onda, ela liderou com tranquilidade e garantiu a classificação com um somatório de 8.93 pontos. 

“Fui campeã brasileira ano passado e tô na final agora. Quero tentar ser campeã de novo. Achei as ondas que queria e consegui fazer minhas manobras do jeito que eu tinha planejado”, disse Maria, que destacou também a diversão fora da água: “Eu tento me segurar pra não ficar nervosa nem ansiosa, porque acho que isso me atrapalha. Quanto mais calma eu fico, melhor é pra mim. Tô me divertindo demais! Tá super legal.”

Eloá Lima apresentou um surf bastante consciente nas baterias. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.
Eloá Lima apresentou um surf bastante consciente nas baterias. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.

A outra vaga na final ficou com Eloá Lima (CE), que protagonizou uma virada emocionante. Sem pontuação suficiente até o fim da bateria, a cearense encontrou uma direita que começou com uma batida de backside muito forte e ainda emendou uma rasgada invertendo a prancha numa esquerda reformada. Esperando a nota na areia, veio o 5.40, a melhor da bateria, que a colocou em segundo lugar com 8.13 no total. “Tô muito feliz de ter passado! Se não fosse Deus ter mandado aquela última onda, eu não tinha conseguido”, comemorou Eloá. 

Ao comentar sobre o momento em que esperava a nota sair na areia, ela confessou: “O coração quase sai pela boca… muito nervosa. Mas tem que segurar!” Eloá também foi destaque na Fase 1, quando fez o maior somatório (11.00) e a melhor nota (6.17) do dia no feminino. “Tô muito confiante em mim. E quero agradecer ao Joca Secco, que fez essa prancha irada. Ela tá muito boa no meu pé!”

Hanna Prado (PB) e Ana Lima (RN) terminaram em terceiro e quarto lugar, respectivamente, e terão uma nova chance na final da repescagem nesta quinta-feira (08/05).

Matheus Jhones comemorou com a mãe e a equipe paulista a classificação para a final. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.
Matheus Jhones comemorou com a mãe e a equipe paulista a classificação para a final. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.

DISPUTA ACIRRADA DEFINE OS PRIMEIROS FINALISTAS DA SUB-12 MASCULINO

A bateria que definiu os dois primeiros finalistas da Sub-12 Masculino foi uma das mais aguardadas do dia. Em cena estavam nomes que já haviam se destacado desde cedo, como JJ Fiorentino (BA), que havia feito o segundo maior somatório do dia (12.00), e Matheus Jhones (SP), autor do maior (12.50) e também da maior nota (7.00). Mas quem assumiu a liderança logo no início foi Narciso Inacio (RN), que cravou 8.97 somando suas duas primeiras ondas e se manteve no topo da bateria até os momentos finais.

JJ também começou com ritmo forte e somou 8.47, incluindo a melhor nota da bateria, um 5.30 após uma direita bem surfada com três manobras. Enquanto isso, Matheus Jhones e Rafael Miranda (SP) estavam em 3º e 4º lugares, respectivamente. Matheus optou por uma estratégia de alto volume: entrou em tudo que podia, buscando a virada onda por onda.

A tensão foi crescendo até os momentos finais. Matheus conseguiu encaixar três ondas cruciais no fim. Na primeira, recebeu 4.17, o que o deixou ainda precisando de nota. A segunda tentativa não foi suficiente. Mas então veio a última: um 5.03 anunciado quando ele já estava na areia. A nota o colocou na liderança da bateria com 9.20. A comemoração foi intensa, com gritos, abraços e emoção entre familiares e equipe paulista.

“Pô, foi muito difícil! Meus amigos surfaram muito, quebraram mesmo. Aí Deus mandou a última onda pra mim. Dei uma chutada boa, consegui virar… e é isso!”, contou, ainda com a adrenalina à flor da pele. Perguntado sobre como mantém tanta constância no mar, ele resumiu com simplicidade e fé: “Aí é Deus. É Deus!”

Narciso foi pra cima das junções em busca de um lugar na final. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.
Narciso foi pra cima das junções em busca de um lugar na final. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.

Narciso Inacio (RN) também comemorou com entusiasmo sua vaga direta na grande final: “Caraca, é muito irada a sensação! Foi uma bateria irada. Tô muito feliz de ir pra final e espero chegar em casa com esse título”, disse. Sobre sua estratégia, completou: “A ideia era pegar várias ondas de junção, que estão sendo valorizadas no critério. Fiz várias manobras de finalização, e ganhei com isso.” Ainda reforçou o clima leve que vive no campeonato: “Aqui eu encontro muitos amigos, me divirto demais competindo.”

JJ Fiorentino (BA) e Rafael Miranda (SP) não avançaram nesta bateria, mas têm mais uma chance de chegar à final na decisiva repescagem desta quinta-feira (08/05).

JJ Fiorentino conseguiu boas notas durante o dia de competição. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.
JJ Fiorentino conseguiu boas notas durante o dia de competição. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.

FORMAÇÃO, CRITÉRIO E CUIDADO: UM DIA PENSADO PARA A SUB-12

A decisão de dedicar um dia inteiro exclusivamente à categoria Sub-12 foi estratégica e cuidadosa por parte da direção do CBSurf Surf de Base 2025. Com a previsão de um swell mais forte nos próximos dias, a comissão técnica antecipou as baterias da novíssima geração para esta quarta-feira (07). “Foi uma decisão acertada em conjunto com a comissão técnica. A gente fez isso pra aproveitar esse mar mais calmo, e valeu a pena”, explicou Raoni Monteirodiretor de prova. “A molecada se divertiu pra caramba. Foi um show de surf da turma da Sub-12 surfando com atitude.”

Além da escolha do melhor momento do mar, o julgamento também respeita o estágio de desenvolvimento técnico dos pequenos atletas. Segundo Otavio Limahead judge principal da CBSurf, o critério é o mesmo para todas as categorias, mas há um ajuste na escala de notas: 

“Isso é algo muito lógico e estudado entre nós. Um tipo de surf que recebe nota cinco no Sub-18 pode ser tecnicamente superior ao mesmo cinco dado no Sub-12. Mas, dentro da categoria Sub-12, o surfista atinge essa nota de acordo com sua idade e nível de evolução. É um critério de valorização compatível com o estágio técnico da criança.”

O sistema permite que cada atleta tenha seu desempenho valorizado dentro de um contexto técnico justo e motivador. Esse cuidado é essencial para que o processo competitivo sirva também como formação. “Estamos lidando com atletas em plena evolução. Já temos alguns com surf muito forte e trabalhamos desde a nossa primeira categoria de base para termos grandes campeões no futuro”, reforça Otavio.

O dia da Sub-12 não foi só sobre performance, mas também sobre diversão e pertencimento. Entre baterias, a criançada brincava, corria na areia e interagia com equipes de outros estados. “É muito gratificante ver essa geração crescendo e respirando surf desde cedo”, completou Raoni.

Os sorrisos e memórias felizes são as maiores conquistas do Sub-12. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.
Os sorrisos e memórias felizes são as maiores conquistas do Sub-12. Foto: Thiago Cavalcanti / CBSurf.

.

CARTAZ HORIZONTAL (1)

DETALHES DA COMPETIÇÃO, TRANSMISSÃO E PARCEIROS OFICIAIS

CBSurf Surf de Base 2025

A etapa está sendo transmitida ao vivo no YouTube pelo canal CBSurfPLAY e no site oficial da CBSurf, com também cobertura pelo perfil @cbsurfoficial no Instagram, permitindo que os fãs do surf acompanhem cada os bastidores das disputas.

Realizado em formato de etapa única e com sistema de repescagem inspirado no Mundial Júnior da ISA, o evento conta com 248 atletas de 15 federações estaduais, disputando as categorias Sub-12, Sub-14, Sub-16 e Sub-18, nos gêneros masculino e feminino. Estão em jogo os títulos nacionais individuais e por estados, além das vagas na Seleção Brasileira Júnior de 2026.

Entenda aqui tudo sobre o novo formato da competição e sua importância

Patrocínio: Prefeitura de Ipojuca e Secretaria Especial de Esportes de Ipojuca
Realização: Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) em parceria com a Federação Pernambucana de Surf (FEPESurf).
Apoio: FuWax, Surfland Brasil, Monster Energy, Sococo Brasil, LikeLike T-Shirts e Pousada Maresia Unique.

===================
===================

PorLufi Rebel / Assessoria de Imprensa da CBSurf
imprensa@cbsurf.org.br

Siga o nosso Instagram: @cbsurfoficial
Inscreva-se em nosso canal do YouTube: CBSurfPLAY
Siga o nosso TikTok: @cbsurfoficial
Siga a gente no Twitter (X): cbsurf_oficial
Confira o calendário CBSurf 2025 atualizado: Calendário

===================
===================

Sobre a CBSurf
Reconhecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e também pela ISA (International Surf Association), a Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) é a entidade nacional de administração do surf e de todas as atividades relacionadas aos esportes com pranchas, como definido no Estatuto da CBSurf. A entidade foi originalmente fundada em 17 de outubro de 1998 e conta com 15 federações estaduais filiadas. A sede atual está situada na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, tendo como presidente Flávio Padaratz e como vice-presidentes Paulo Moura e Brigitte Mayer, eleitos em fevereiro de 2022.

A CBSurf tem como missão desenvolver, produzir, chancelar e organizar o Dream Tour e a Taça Brasil, que compõem o Campeonato Brasileiro de Surf, o Circuito Brasileiro do Surf de Base, o Circuito Brasileiro de Ondas Grandes, o Circuito Brasileiro de Longboard, o Circuito Brasileiro Master, o Circuito Brasileiro de Stand Up Paddle (Race, Wave, Sprint e Paddleboard) e o Campeonato Brasileiro de Parasurf. Todos, nas categorias masculina e feminina.

Acompanhando o enorme sucesso do surf brasileiro, tanto no Circuito Mundial, com sete títulos mundiais nos últimos dez anos, quanto nas Olimpíadas do Japão, com a conquista da inédita medalha de ouro na estreia do surf, e mais recentemente nas Olimpíadas de Paris, com medalha de prata no feminino e bronze no masculino, para uma nova gestão feita por ex-competidores da elite mundial e pelos melhores profissionais do surf brasileiro, a CBSurf tem, como valor principal, promover e desenvolver a criação de ídolos nacionais, e consolidar as carreiras dos atletas de todas as categorias, inclusive das profissões que gravitam em torno das competições, trazendo dignidade para toda a comunidade do surf brasileiro. Em 2023, o Dream Tour estabeleceu um padrão e patamar inédito e histórico em todo o mundo.

By

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *